quinta-feira, 25 de agosto de 2011

- Meu momento



Hoje, mais uma vez chorei por mim. Sozinha no meu quarto, eu ouvi o que eu tinha para me dizer, me perguntando por que estava tão vazia oca como uma velha caverna no fundo do quintal, onde ecoa o seu último riso, onde as paredes brilham e pode-se ver seu derradeiro olhar refletindo, é escura a ponto de eu não poder ver mais a sua mão e gritar pedindo socorro.

Não sei responder a mim mesma, o vácuo toma conta até mesmo das minhas respostas, da minha cabeça, me enlouquece, me faz derramar gotas a fora, pelos meus olhos desprotegidos. No silêncio, me lembro com um impercebível sorriso, de como me dava segurança, ao estar com sua mão sobre a minha, segurando forte; mas não posso me lembrar – tento – de como é viver com o brilho nos olhos, sem você por perto.

Os ruídos do seu violão, e sua voz ainda ressoam no fundo do meu coração, e as promessas não cumpridas me fazem querer voltar atrás. Fotos esparramadas pelo chão refletem uma história, a nossa, que me faz acreditar em amor a primeira vista.

Olhando para trás, com as mãos colocadas sobre a cabeça, vejo tudo passando como umflashback em alta velocidade e se apagando no mais longe. Não posso mais voltar e reverter o final – não quero, sou forte. Enquanto tudo se vai, eu deito minha cabeça sobre o travesseiro, fecho os olhos e me pergunto em qual momento, comecei a te enxergar diferente e dar corda para esse sentimento, essa dor, que está se tornando um vazio, ao se decompor dentro de mim.   

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